segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Para as meninas da minha vida...

Ao ler este poema, aqui de tão longe delas, fui remetida novamente pra perto das meninas da minha vida, mulheres, que para mim são meninas, as minhas meninas...Sarah, Mel, Natty, Cel e Isabel...
Estes versos são como a promessa que cada uma de nós selamos com nosso amor, promessa de seguir a vida sempre juntas, seja fisicamente ou simplesmente com a força do coração...


Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
[Carlos Drummond de Andrade]

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